A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recentemente um relatório que destaca uma redução significativa nos casos de sarampo global, com 71% menos casos em 2024 em comparação com 2000. Esse declínio é atribuído à melhoria da cobertura vacinal. No entanto, o ressurgimento do sarampo em vários países e a possibilidade de novos surtos devem ser monitorados atentamente.
Veja também
* Você permanecerá em nosso site.
A vacinação contra o sarampo tem sido fundamental para prevenir a doença e, segundo a OMS, evitou quase 59 milhões de mortes em todo o mundo nos últimos 24 anos. No entanto, o ressurgimento do sarampo em 2024 foi um lembrete de que ainda há lacunas na imunização contra a doença. O Canadá perdeu seu status de eliminação do sarampo, e o EUA e o México registraram surtos significativos este ano. A OMS alerta que os cortes no financiamento de programas de imunização podem ampliar essas lacunas e provocar novos surtos.
É importante entender que esses números refletem não apenas a vacinação, mas também a cobertura vacinal em diferentes regiões e países. A OMS menciona que a taxa de mortalidade devido ao sarampo caiu 11% em 2024, mas há evidências de ressurgimento da doença em países de renda média. A diretora do Departamento de Imunização da OMS, Kate O’Brien, esclarece que pequenas quedas na cobertura vacinal podem desencadear surtos, como um alarme de incêndio que dispara quando a fumaça é detectada.
A OMS também destaca que essas lacunas não se limitam ao sarampo, citando outras doenças evitáveis por vacinação, como difteria, coqueluche e poliomielite. É fundamental manter a cobertura vacinal eficaz e continuar a monitorar a situação global, pois lacunas semelhantes podem se tornar mais comuns, especialmente em países com recursos limitados ou programas de imunização debilitados. Além disso, é crucial fortalecer os sistemas de saúde global para prevenir a disseminação de doenças evitáveis por vacinação.
A experiência de países como o EUA e o México é uma lição importante para os demais, mostrando que a doença pode ressurgir mesmo em países com programas de imunização bem estabelecidos. A redução profunda de recursos para a Rede Global de Laboratórios de Sarampo e Rubéola e os programas de imunização, aliada à perda de experiência e expertise de gestão, pode aumentar a probabilidade de novos surtos.