Jovem morto por leoa em João Pessoa, na Paraíba.
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No domingo (30), um incidente trágico ocorreu no zoológico de João Pessoa, na Paraíba, quando um jovem de 19 anos, identificado como Gerson de Melo Machado, invadiu a jaula de uma leoa e foi atacado pelo animal. O ataque ocorreu pouco após a abertura do parque, por volta das 10h da manhã, e foi testemunhado por visitantes que gravaram vídeos do ocorrido.
De acordo com a Polícia, Gerson escalou uma parede de mais de 6 metros e utilizou uma árvore como apoio para descer até o recinto do animal. A leoa, que estava deitada próxima ao vidro onde os visitantes assistiam, contornou a área de água e avançou, puxando Gerson da árvore. O jovem ainda tentou correr por alguns metros, mas foi derrubado e mortalmente ferido. O trecho final do vídeo mostra a leoa com o focinho ensanguentado.
O incidente levantou questionamentos sobre a segurança do zoológico, mas a equipe técnica do local afirmou que a leoa é treinada e não apresenta comportamento agressivo. O animal foi contido sem tranquilizantes e não foi sacrificado, como havia sido divulgado anteriormente. Gerson morreu por choque hemorrágico causado por ferimentos contundentes e perfurantes na região do pescoço. De acordo com o veterinário do parque, Thiago Nery, a leoa ficou estressada e “em choque” após o ataque.
Gerson tinha um passado marcado por transtornos mentais e acumulou 16 passagens pela Polícia desde a infância. No total, ele acumulou 10 delas enquanto ainda era menor de idade. À época, o jovem chegou a ser encaminhado ao Centro de Atenção Psicossocial, mas fugiu. Conhecido como “vaqueirinho da mangabeira”, Gerson era acompanhado por conselheiras tutelares desde a idade de 10 anos. A conselheira tutelar Verônica Oliveira destacou na rede social sua trajetória, expressando preocupação com a fratura da família desestabilizada ao redor de Gerson e desempenho dos responsáveis que poderiam estar desatentos no processo de cuidados do jovem.
É crucial analisar os antecedentes e o contexto da vida de Gerson e seu comportamento antes do incidente para entender melhor as circunstâncias do caso. É também importante discutir as implicações da tragédia e como os órgãos de segurança e de proteção de direitos poderiam ter agido de forma a prevenir tal trágico evento.