O ouro encerrou esta segunda-feira, 1º de dezembro, em alta de 0,47% na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York, cotado a US$ 4.274,8 por onça-troy — patamar mais alto desde 21 de outubro —, enquanto a prata para março disparou 3,5%, fechando a US$ 59,142 e registrando durante a sessão máxima histórica de US$ 59,435. A valorização de ambos os metais coincide com a ampla expectativa do mercado de novo corte na taxa básica de juros dos Estados Unidos na reunião do Federal Reserve marcada para a próxima semana, cujas probabilidades superam 80% segundo o monitoramento do CME Group.

O dólar mais fraco operado nas últimas sessões reforçou o apetite por ativos preciosos, sustentando o rally do ouro e arrastando a prata para recordes consecutivos. Analistas do Macquarie ressaltam que a moeda norte-americana em queda reduz o custo de oportunidade de manter posições em metais, favorecendo compras adicionais. Na avaliação da Deutsche Bank, o déficit de oferta da prata deve ser agravado pela retomada da entrada de recursos em ETFs lastreados no metal, cenário que, somado à alta do ouro, deve manter ambos os mercados em patamares elevados nos próximos anos; o banco projeta que a prata atinja US$ 58,50 em 2026 e US$ 60 em 2027.

Dados do Departamento Australiano de Estatísticas divulgados nesta segunda mostram que as mineradoras do país elevaram os gastos com exploração de ouro para cerca de US$ 282,6 milhões no trimestre, maior valor desde 1994, quando o levantamento passou a ser realizado. O aumento dos investimentos em pesquisa mineral indica expectativa de demanda firme pelo metal precioso, mesmo com os preços já em níveis elevados. A combinação de juros menores nos EUA, expansão das operações de mineração na principal jurisdição produtora do Sudeste Asiático e fluxo recente para fundos de investimento deve manter volatilidade elevada nos contratos futuros de ouro e prata ao longo de dezembro.

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