A prisão de Rafael Tundares, genro do ex-candidato à presidência da Venezuela Edmundo González Urrutia, foi considerada arbitrária e uma exposição da fragilidade do país. Tundares foi condenado a 30 anos de prisão por conspiração e outros crimes contra o governo de Nicolás Maduro. A condenação foi anunciada na segunda-feira, 1º de fevereiro, sem que a família fosse informada previamente sobre as acusações específicas contra ele. González Urrutia, em sua conta no X, classificou a condenação como algo fora da legalidade democrática.
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A prisão de Tundares ocorreu em 7 de janeiro, três dias antes de Maduro assumir a presidência. A família de González Urrutia considerou a prisão como um sequestro em retaliação à participação de Edmundo na disputa presidencial. González Urrutia afirmou que a arbitrariedade expõe fragilidade e que toda decisão pública deve se ajustar à lei, ou fica fora da legitimidade democrática. Ele rejeitou a condenação imposta a Rafael, considerando-a uma decisão sem sustento jurídico, incompatível com a Constituição e utilizada como represália política para tentar afetá-lo e distorcer a vontade expressa pelos venezuelanos. A esposa de Tundares, Mariana González de Tundares, também se manifestou, destacando que o julgamento de seu marido violou seus direitos desde a prisão em janeiro, quando foi negado o acesso do advogado de defesa ao processo.
A família de Tundares denunciou que o processo foi finalizado sem que fossem informados sobre as acusações específicas contra ele. Mariana afirmou que seu marido enfrentou um julgamento no qual seus direitos foram violados e que a família foi informada de que o processo é confidencial devido à natureza do caso, o que representa uma grave violação dos direitos e garantias judiciais que Rafael possuía. Ela disse que não desistirá e continuará lutando por todos os meios humanitários pela vida, liberdade, integridade pessoal e direitos do seu marido. A condenação de Tundares expõe a tensão política na Venezuela e a preocupação com a violação dos direitos humanos no país. O caso também ganha relevância em um contexto de intensa polarização política e a pouca transparência nas ações do governo de Maduro.