Um contrato firmado entre o escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes, e o Banco Master, controlado por Daniel Vorcaro, tem sido alvo de investigação. O acordo previa pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões ao escritório por 36 meses, totalizando R$ 129 milhões caso o contrato fosse cumprido até o fim. O documento autorizava o escritório Barci de Moraes a representar o Master “onde fosse necessário”, sem especificar causas, processos ou limites jurídicos. Com a liquidação do banco, o acordo perdeu validade e o pagamento total não ocorreu. A relação começaria no início de 2024 e asseguraria remuneração fixa até 2027. A investigação sobre o Banco Master, que expôs detalhes do contrato, também levantou suspeitas de fraude bilionária, com a criação de carteiras falsas de crédito e movimentação de R$ 12,2 bilhões por meio de empresas de fachada.

A investigação tem sido conduzida pela Polícia Federal, que recolheu celulares, documentos digitais e conversas durante a operação Compliance Zero, que prendeu Vorcaro e outros executivos. As apurações levaram os investigadores a cruzar conversas internas do Master com o contrato assinado com o escritório de Viviane. Viviane e outros 10 advogados do escritório, incluindo os filhos do ministro, Alexandre Barci de Moraes e Giuliana, atuaram em ações de interesse do banco. Um dos processos envolve uma queixa-crime apresentada por Vorcaro e pelo Master contra o investidor Vladimir Timerman, da Esh Capital, que acusa Timerman de calúnia ao citar a suposta participação do banqueiro em operações irregulares relacionadas à Gafisa e ao fundo Brazil Realty. O Master perdeu o caso em duas instâncias, mas ainda recorre.

Os números envolvidos no caso são significativos, com o contrato potencialmente totalizando R$ 129 milhões. Além disso, a movimentação de R$ 12,2 bilhões por meio de empresas de fachada é um dos principais focos da investigação. A transparência sobre os pagamentos efetivamente realizados e a amplitude do contrato ainda é um ponto de questionamento, com o escritório de Viviane, o Banco Master e a assessoria de Alexandre de Moraes não tendo respondido sobre esses pontos até o momento. A relação entre o contrato e as atividades do Banco Master também é um aspecto importante, considerando as suspeitas de fraude bilionária e a criação de carteiras falsas de crédito.

A imprensa continua seguindo o caso, buscando esclarecimentos sobre os detalhes do contrato e as implicações para as partes envolvidas. A operação Compliance Zero e as investigações em andamento podem trazer mais luz sobre as atividades do Banco Master e as relações entre as partes envolvidas, incluindo o escritório de Viviane e o ministro Alexandre de Moraes. Com a complexidade do caso e os valores envolvidos, a atenção sobre o desenrolar da investigação e as possíveis consequências é mantida.