A Ambev anunciou recentemente a distribuição de R$ 7,3 bilhões em dividendos adicionais, o que desapontou o mercado e levou a uma queda de cerca de 3% nas ações ABEV3 na Bolsa. O pacote total de retorno ao acionista soma R$ 20 bilhões em 2025, incluindo dividendos trimestrais, JCP (Juros sobre Capital Próprio) e recompra de ações. A empresa aprovou R$ 0,4612 por ação em dividendos extras e R$ 4,2 bilhões em JCP, o que equivale a 130% do lucro estimado pelo Bradesco BBI. Apesar disso, o mercado esperava uma distribuição extraordinária maior, o que levou à reação negativa.
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A decisão da Ambev reflete uma postura prudente de alocação de capital, sustentada por um caixa líquido robusto de R$ 16,9 bilhões no terceiro trimestre de 2025 e pelo elevado custo de capital no Brasil. A empresa busca evitar alavancagem e manter uma política de dividendos estável, mas a falta de uma política clara de dividendos reduz a previsibilidade de novos pagamentos extraordinários. O ambiente operacional também é desafiador, com a indústria de cerveja enfrentando fraqueza, aumento da concorrência e custos pressionados. O Bradesco BBI mantém recomendação neutra, enquanto o Goldman Sachs reconhece que o retorno ao acionista não é pequeno, mas considera que o anúncio ficou abaixo do esperado.
A distribuição de dividendos da Ambev é um payout equivalente a 130% do lucro estimado, o que é considerado elevado. No entanto, o mercado esperava uma distribuição maior, o que levou à queda das ações. A empresa ainda tem espaço para até R$ 31,9 bilhões em distribuições futuras, segundo o Goldman Sachs. O ambiente operacional é desafiador, com mudanças no consumo, aumento da oferta e concorrência crescente, o que pode afetar o desempenho da empresa em 2026. A Ambev precisa lidar com esses desafios e manter uma política de dividendos estável para atender às expectativas do mercado.
A decisão da Ambev também reflete a política de dividendos da empresa e a sua estratégia de alocação de capital. A empresa busca manter uma política de dividendos estável e evitar alavancagem, o que é considerado prudente. No entanto, a falta de uma política clara de dividendos reduz a previsibilidade de novos pagamentos extraordinários. O custo de capital no Brasil também é um fator importante, pois pode afetar a decisão da empresa de distribuir dividendos ou investir em outros projetos. Em resumo, a decisão da Ambev reflete uma postura prudente de alocação de capital, mas também desapontou o mercado e levou à queda das ações.