O dólar iniciou a semana cotado a R$ 5,4642, após uma variação de 2,4% na sexta-feira, fechando a R$ 5,4400. Essa oscilação ocorre em meio à expectativa do mercado em relação ao corte de juros nos Estados Unidos e à decisão de política monetária no Brasil. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, também terá um discurso que pode movimentar os mercados. Além disso, serão divulgados importantes dados econômicos, como o IPCA de novembro e indicadores de emprego e comércio nos EUA e inflação na China.
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A expectativa de corte de juros pelo Fed neste mês está elevada, com ferramentas de mercado apontando 87% de chance de corte de 25 pontos-base, com juros projetados entre 3,75% e 4%. Esse cenário reforça a leitura de arrefecimento da economia americana. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, projeta crescimento econômico real de 3% para 2025, enquanto analistas do First Abu Dhabi Bank projetam taxa-terminal do Fed em torno de 2% em 2026. No Brasil, a semana será marcada pela divulgação de dados de atividade, como varejo e serviços, e pelo IPCA de novembro.
A inflação nos EUA e no Brasil está sendo monitorada de perto pelo mercado, que busca entender como as decisões de política monetária afetarão a economia. O desemprego nos EUA também é um indicador importante, pois pode influenciar as decisões do Fed em relação aos juros. A produção industrial alemã em outubro teve uma alta inesperada, o que pode impactar as decisões de política monetária na Europa. O governo americano avalia anunciar um pacote de US$ 12 bilhões para apoiar o agronegócio local, afetado pela queda dos preços das safras e pelas tarifas impostas por outros países.
O cenário econômico global está sendo influenciado por eventos geopolíticos, como ataques russos na Ucrânia e falas divergentes entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky. O petróleo recua, com mercado avaliando oferta mais elevada no curto prazo e sinais mistos de demanda global. O dólar também perde força, refletindo expectativas sobre juros americanos. Parte do arrefecimento das taxas de juros de longo prazo vem dos dados da balança comercial chinesa referentes ao mês de novembro, que registraram um importante superávit comercial.