O índice de preços de gastos de consumo pessoal (PCE) dos Estados Unidos, medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed), foi divulgado recentemente e mostrou um avanço de 0,2% em setembro, enquanto o núcleo do indicador subiu 2,8% no acumulado de 12 meses. Esse resultado, que veio em linha com as projeções do mercado, sugere uma desaceleração gradual dos preços nos EUA, o que pode influenciar a decisão do Fed sobre a política monetária. A expectativa de corte de juros na próxima reunião do Fed foi reforçada por esses números, o que teve um impacto imediato no mercado de câmbio.

A inflação nos EUA tem sido monitorada de perto pelos investidores e economistas, pois influencia diretamente as decisões do Fed. Com a inflação em trajetória de desaceleração, o Fed pode se sentir confortável em flexibilizar a política monetária, cortando os juros para estimular a economia. Os números do PCE corroboram essa visão, mostrando que a inflação está se aproximando da meta de 2% estabelecida pelo Fed. Além disso, os indicadores do mercado de trabalho dos EUA, como os novos pedidos de auxílio-desemprego, que caíram ao menor nível em mais de três anos, também sugerem que a economia americana está em uma trajetória de crescimento sustentável. Esses fatores contribuem para a visão de que o Fed pode cortar os juros em 0,25 ponto percentual na próxima reunião.

O dólar hoje opera em alta frente ao real, cotado a R$ 5,345 na venda, após a divulgação do PCE. O contrato futuro de janeiro de 2026, o mais líquido na B3, avançava 0,58%, para R$ 5,373. A possível indicação do conselheiro econômico Kevin Hassett para a presidência do Fed também é monitorada pelos investidores, pois poderia influenciar a política monetária americana. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que anunciará o nome de seu indicado no início do próximo ano, prolongando o suspense em torno da sucessão no banco central. Enquanto isso, o mercado segue avaliando as sinalizações do Fed e os próximos dados de atividade americana para ajustar suas expectativas sobre a política monetária.

A volatilidade do dólar hoje reflete as incertezas em torno da política monetária americana e os ajustes de proteção típicos de fim de ano. Com apostas de quase 90% para um corte na taxa básica neste mês, o mercado monitora qualquer nuance capaz de alterar o tom da decisão. No Brasil, o câmbio também é influenciado pelo fluxo de investidores e pelos indicadores econômicos americanos. A expectativa de corte de juros nos EUA pode ter implicações para a política monetária no Brasil, embora o Banco Central brasileiro tenha autonomia para tomar suas próprias decisões. O cenário econômico segue sendo monitorado de perto pelos investidores e economistas, que buscam entender melhor as perspectivas para a economia americana e brasileira.

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