O Brasil deverá liderar o ciclo global de cortes de juros em 2026, impulsionado por uma inflação mais controlada, um dólar mais fraco e os efeitos dos juros elevados sobre a economia. Esse cenário é motivado por vários fatores, incluindo a atuação tempestiva do Banco Central, que elevou os juros a 15% e manteve uma comunicação firme sobre o controle inflacionário, ajudando a melhorar as expectativas e a reduzir a inflação de forma inequívoca. Além disso, a apreciação do real tem contribuído para reduzir os preços de commodities e alimentos, enquanto a estabilização da inflação de serviços, apesar de ainda estar alta, já apresenta sinais de desaceleração. Esses fatores somados indicam um caminho de flexibilização monetária para o ano de 2026, com o início das reduções de juros projetadas para o primeiro trimestre.

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A inflação no Brasil está melhorando significativamente, principalmente devido à atuação prévia do Banco Central, que não apenas elevou os juros para controlar a inflação, mas também manteve uma postura firme em relação ao controle inflacionário. A apreciação do real também desempenha um papel crucial, uma vez que ajuda a reduzir os preços de commodities e alimentos importados, o que por sua vez contribui para a redução da inflação geral. Além disso, a estabilização da inflação de serviços, embora ainda esteja em níveis altos, começa a mostrar sinais de desaceleração, o que reforça a perspectiva de uma inflação em declínio gradual. Esse cenário positivo permite antever um futuro com reduções nos juros, o que deve acontecer de forma gradual, começando com um corte de 0,25 ponto percentual no início do ano e acelerando para ajustes de 0,50 ponto percentual posteriormente, visando alcançar uma taxa Selic de 12% ao fim do ano.

O ciclo de cortes de juros no Brasil em 2026 também está relacionado ao esfriamento da demanda e da atividade econômica devido aos juros altos. O PIB já apresenta desaceleração, conforme observado no fechamento do terceiro trimestre, e os indicadores de emprego sugerem um crescimento abaixo do potencial. Nesse contexto, a credibilidade do Banco Central é fundamental, pois permite que as expectativas do mercado se alinhem às do BC, reforçando a trajetória de declínio gradual da inflação. Além disso, a procura dos investidores estrangeiros por ativos brasileiros deve continuar, uma vez que os preços dos ativos ainda são relativamente baratos, assim como os de outros emergentes, o que indica um cenário global positivo para o Brasil.

As eleições de 2026 também são um fator a ser considerado, especialmente porque a trajetória da dívida pública permanece forte, com um déficit primário estimado em 0,8% para o ano atual. A avaliação dos investidores dependerá de como os candidatos serão percebidos em termos fiscais, o que pode influenciar a confiança e a percepção de risco do país. No entanto, o grande ponto é que as promessas dos candidatos e suas propostas fiscais serão cruciais para a percepção dos investidores sobre o futuro da economia brasileira, influenciando assim a decisão de investir ou não no país. Com um cenário econômico mais estável e benigno, o Brasil parece estar em uma posição favorável para atrair investimentos estrangeiros, o que pode contribuir para o crescimento econômico e a estabilização financeira do país.

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