Os preços mundiais dos alimentos caíram pelo terceiro mês consecutivo em novembro, de acordo com o Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Esse índice, que acompanha uma cesta de commodities alimentares comercializadas globalmente, atingiu uma média de 125,1 pontos em novembro, abaixo dos 126,6 pontos revisados em outubro e o menor valor desde janeiro. A redução nos preços dos alimentos é um alívio para os consumidores e pode contribuir para a desaceleração da inflação em muitos países.
Veja também
* Você permanecerá em nosso site.
A queda nos preços dos alimentos foi generalizada, com exceção dos cereais, que apresentaram um aumento de 1,8% em relação ao mês anterior. Os preços do açúcar caíram 5,9% em relação a outubro, atingindo o menor patamar desde dezembro de 2020, devido a expectativas de oferta global abundante. Já o índice de preços dos laticínios caiu 3,1% em um quinto declínio mensal consecutivo, refletindo o aumento da produção de leite e da oferta de exportação. Os preços dos óleos vegetais recuaram 2,6%, atingindo uma mínima de cinco meses, enquanto os preços das carnes retraíram 0,8%, com a carne suína e de aves liderando a queda. Em relação ao ano anterior, a média de novembro ficou 2,1% abaixo do nível registrado no mesmo período.
A FAO também informou que a previsão de produção global de cereais para 2025 foi elevada para um recorde de 3,003 bilhões de toneladas, em comparação com 2,990 bilhões de toneladas projetadas no mês passado. Esse aumento se deve principalmente ao incremento das estimativas de produção de trigo. A previsão de estoques mundiais de cereais no final da temporada 2025/26 também foi revisada. A redução nos preços dos alimentos pode ter implicações positivas para a inflação, que tem sido uma preocupação para muitos bancos centrais nos últimos tempos. Com a inflação alta, os juros tendem a subir, o que pode desacelerar a economia. Portanto, a queda nos preços dos alimentos pode contribuir para uma política monetária mais acomodatícia.
A queda nos preços dos alimentos também pode ter implicações práticas para os consumidores e para a economia como um todo. Com preços mais baixos, os consumidores podem ter mais renda disponível para gastar em outros bens e serviços, o que pode estimular a economia. Além disso, a redução nos preços dos alimentos pode ajudar a reduzir a pobreza e a insegurança alimentar em muitos países. No entanto, é importante notar que os preços dos alimentos podem ser voláteis e que a situação pode mudar rapidamente. Portanto, é fundamental que os governos e as organizações internacionais continuem a monitorar a situação e a tomar medidas para garantir a estabilidade dos mercados alimentares.