A China registrou um superávit comercial recorde de mais de US$ 1 trilhão nos primeiros 11 meses do ano, impulsionado pelo crescimento das exportações e uma leve queda das importações. De acordo com dados divulgados pela Administração Geral das Alfândegas chinesa, as exportações somaram US$ 3,4 trilhões, alta de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as importações recuaram 0,6%, totalizando US$ 2,3 trilhões. Esse resultado é um marco histórico para a China, que tem implementado políticas industriais desde o fim dos anos 1970 para se tornar a segunda maior economia do mundo.
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O desempenho recorde da balança comercial chinesa reflete a competitividade do país em diversos setores, que vão desde produtos de baixo custo, como vestuário, até tecnologias avançadas, como veículos elétricos. A China conseguiu redirecionar seus fluxos comerciais para outros mercados, apesar do ambiente de tensão comercial com os Estados Unidos. As exportações chinesas para os EUA caíram 29% em novembro, na comparação anual, enquanto as vendas para outros mercados continuaram avançando. A globalização e a diversificação das exportações chinesas permitiram que o país mantivesse um crescimento sólido, mesmo diante de desafios comerciais.
No campo das importações, a China registrou forte avanço nas compras de soja, com um aumento de 13,4% em novembro em relação ao mesmo mês de 2022. As importações de soja totalizaram 103,79 milhões de toneladas nos primeiros 11 meses do ano, alta de 6,9% em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas aquisições junto à América do Sul. A inflação e a política monetária podem influenciar o ritmo de crescimento das importações chinesas, mas o país parece determinado a manter sua posição como uma das principais economias do mundo.
A competitividade chinesa em diversos setores é um fator importante para o superávit comercial recorde. A China tem investido em tecnologias avançadas e melhorado sua infraestrutura para aumentar a eficiência e reduzir custos. Além disso, as políticas industriais adotadas pelo país desde o fim dos anos 1970 permitiram que a China se tornasse uma das principais economias do mundo. O superávit comercial recorde é um reflexo do crescimento econômico da China e de sua posição como uma das principais potências comerciais do mundo.