A Bolsa brasileira, representada pelo índice IBOV, está projetada para ter um ano agitado em 2026, de acordo com a XP Investimentos. A corretora espera um cenário de volatilidade em decorrência da política doméstica e da queda de juros, que pode impulsionar o mercado. Apesar disso, a XP mantém uma visão otimista para o desempenho da renda variável, projeta um IBOV de 185 mil pontos no cenário base, podendo chegar a 223 mil em uma leitura otimista ou recuar a 144 mil pontos no pior quadro. Isso leva a uma expectativa de retorno de cerca de 35% ao longo do ano, uma vez que ciclos de queda de juros costumam liberar valor na Bolsa.

A queda de juros é um dos principaisdrivers da economia brasileira. A Selic, o juro básico da economia, está projetada para cair para 12% ao fim de 2026. Isso pode impulsionar o mercado, pois a queda de juros é associada a uma diminuição dos custos das empresas e, consequentemente, a uma melhoria na lucratividade. Além disso, a queda de juros também pode levar a uma maior demanda por crédito, o que pode impulsionar a economia. No entanto, é importante notar que a queda de juros pode também afetar os bancos, pois a diminuição dos juros pode reduzir as margens das instituições financeiras.

A política doméstica também é outro fator importante que pode afetar a economia em 2026. As eleições no segundo semestre podem aumentar a incerteza e a volatilidade no mercado, especialmente se houver uma mudança significativa no governo. Além disso, o noticiário político pode também impactar a economia, como visto recentemente com a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro. No entanto, a XP espera que o pano de fundo da economia ainda aponte para um ano de oportunidades, especialmente para os setores que se beneficiam da queda de juros e da resiliência ao risco político.

A XP selecionou uma lista de empresas que podem se beneficiar da situação econômica em 2026. A lista combina bancos, consumo, energia, commodities e infraestrutura, setores que se beneficiam da queda de juros e da resiliência ao risco político. Além disso, a corretora também mantém postura neutra em mercados desenvolvidos e defende ampliar posições em emergentes, com destaque para a China, que está projetada para ter um “pouso suave” da economia, sustentado por estímulos governamentais.

A queda de juros pode levar a uma maior demanda por crédito e uma melhoria na lucratividade das empresas; Além disso, a política doméstica também pode afetar a economia em 2026. É importante notar que a volatilidade pode ser elevada em decorrência da política doméstica e da queda de juros.